Móveis de Valor - Edição 250

48 moveisdevalor.com.br Com tarifaço, Brasil perde US$ 15 milhões de exportações para os EUA até setembro Em setembro de 2024 o polo de Santa Catarina exportou US$ 11,1 milhões para diversos países. Em igual mês desse ano foram US$ 7,5 milhões, queda de 31,6% - a média anual para o mês de setembro é de US$ 13,4 milhões. Dois terços dos negócios de SC em setembro foram para os Estados Unidos – US$ 2,3 milhões para ser exato, uma retração de 53% sobre setembro do ano anterior. Na ponta do lápis, foram US$ 2,7 milhões de receita a menos, que somada ao resultado de agosto, acumula perdas de US$ 4,5 milhões em dois meses. De acordo com a Abimóvel, cerca de 50 empresas de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo estão comprometidas em diversos graus com o mercado norte-americano, mas os maiores volumes de negócios são de empresas do polo catarinense. Desde o início da imposição de tarifas feitas pela administração Trump, os fabricantes brasileiros deixaram de embarcar US$ 15 milhões para o mercado norte-americano, dos quais US$ 9,75 milhões em setembro (recuo de 40% sobre igual mês de 2024). Os dados são do ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Em agosto, os embarques do Brasil para os EUA já haviam recuado 24,2% sobre agosto do ano anterior. Pela primeira vez nos últimos oito anos, Santa Catarina – historicamente, o principal polo exportador brasileiro de móveis – encerrou os primeiros nove meses do ano com volume total abaixo de US$ 20 milhões (US$ 19,4 milhões), queda de 15,4% em relação a janeiro-setembro de 2024. O polo gaúcho, que tradicionalmente está na segunda posição, assumiu a ponta em 2025, embarcando em nove meses US$ 25,3 milhões, repetindo o boom das exportações registrado em 2021. SAÚDE FINANCEIRA DELICADA Até o fechamento dessa edição, a situação era de total incerteza em relação a manutenção ou VALOR ACUMULADO DE AGOSTO E SETEMBRO IMPACTA DIRETAMENTE EMPRESAS DO POLO DE SÃO BENTO DO SUL, CUJA FRAGILIDADE REFLETE EM CONTRATOS CANCELADOS E DEMISSÕES DE FRENTE COM OS NÚMEROS Por Guilherme Arruda, jornalista convidado

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