Móveis de Valor - Edição 252

80 moveisdevalor.com.br INDÚSTRIA Desperdício é o ponto cego da indústria de móveis O som do corte, do furo e da movimentação interna se mistura ao ruído mais caro nas fábricas de móveis: do desperdício. À primeira vista, tudo parece funcionar bem, a produção anda, o caminhão transporta, o cliente compra. Mas, em silêncio, uma fortuna se perde anualmente entre uma gaveta que emperra, uma porta que range, um puxador que não segura, potencializado quando o consumidor descobre que o produto está errado. A partir daí nada se encaixa, e cada minuto perdido para contornar a insatisfação desse comprador é um gasto que não volta. Não há nenhum levantamento oficial consolidado que mensure o tamanho das perdas no setor. A boa notícia é que há um estudo coordenado pela CONTROLAR PERDAS, OTIMIZAR PROCESSOS E REAPROVEITAR MATERIAIS É MAIS DO QUE REDUZIR CUSTOS: É PROVAR, NA PRÁTICA, QUE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E RENTABILIDADE PODEM CAMINHAR JUNTAS DESDE QUE SE OLHE PARA O CHÃO DA FÁBRICA O MAIOR DESAFIO DOS EMPRESÁRIOS É A ELEVADA ROTATIVIDADE DE MÃO DE OBRA, GERADA PELA COMBINAÇÃO ENTRE O CONHECIMENTO LEVADO POR QUEM SAI DA EMPRESA E O DESINTERESSE DOS JOVENS PARA PREENCHER VAGAS ABERTAS Por Guilherme Arruda, jornalista convidado Abimóvel, ainda em fase inicial, cujos resultados serão apresentados em 2026, antecipa Cândida Cervieri, diretora executiva da entidade. Uma projeção aproximada tendo como base diferentes metodologias de cálculos feitos a partir de dados públicos disponíveis, levando em conta distintos padrões de eficiência produtiva nas empresas, sugere que anualmente, o desperdício seja de R$ 36 bilhões – algo como 32,9% das receitas do setor. São estimativas, não certezas, suficientes para evidenciar quanto dinheiro escorre, silenciosamente, pelo chão das fábricas. E é no chão de fábrica que estão as perdas mais recorrentes. É a movimentação excessiva, o

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