MV Norte & Nordeste 23

16 A PARAENSE LOJAS LAR BRASIL Análise / Norte ração não seja maior”, lamenta Darle- ne Duarte Cutrim, compradora da va- rejista. Ela lembra que as vendas estão boas para todos os produtos da loja, com destaque para colchões. “O que notamos é que não houve variação no tíquete médio”, completa. “Infelizmente, há muitos atrasos nas entregas de produtos pelos fabrican- tes, gerada pela dificuldade de com- prar insumos, e consequentemente ocorre aumento de preços”, afirma a compradora. Mas essa é apenas mais uma das dificuldades que a Domesti- lar tem de encarar, afinal foram três meses com as portas fechadas, só que esse desafio já foi superado com êxito. “Nós implementamos a venda online por meio do WhatsApp e o comércio eletrônico, que nos ajudou muito”. E se o Pará é o estado com maior po- tencial de consumo da região Norte, é importante observar o que vem acon- tecendo com uma de suas redes de va- rejo. “As vendas estão ótimas, estamos vendendo de tudo, realmente não tem crise para venda. O que não sabemos é como as coisas ficarão daqui para frente, se o consumidor vai assimilar um possível aumento de preços, por exemplo”, avalia Antônio José da Sil- va, fundador da Lar Brasil, que tem a sua matriz em Altamira (PA). Por falar em Altamira, a cidade paraen- se ainda sofre com as medidas de con- trole do coronavírus. Silva conta que o comércio ainda está funcionando com horário reduzido. “Aqui em Altamira nós seguimos respeitando o decreto mu- nicipal, pudemos reabrir a loja depois de 101 dias fechados, só que ainda não podemos trabalhar aos sábados”, conta. Já a unidade de Santarém não enfrentou tantos problemas com o fechamento, foi apenas uma semana e atualmente o fun- cionamento é normal. Apesar de depender de bancos e dos re- cursos do Governo Federal para encarar o período de fechamento, a Lar Brasil não deixou de investir e deve inaugurar a loja de Ituitaba em breve. “Na verdade, nós estamos dependendo dos fornecedores. Se tudo correr como planejado, inaugura- mos na Black Friday, só precisamos de um posicionamento dos fabricantes quanto a entrega dos produtos”, explica Silva. Por enquanto a situação não está tão com- plicada em termos de disponibilidade de produto para a Lar Brasil, que vem con- seguindo fazer negócios com os fornece- dores. “O que mudou bastante foi o prazo de entrega, que de 15 dias passou para 40 dias, em média. Sabemos que existem in- dústrias que estão aceitando pedidos so- mente para o ano que vem, porém ainda tem aqueles que conseguem assumir o compromisso de entregar ainda esse ano”, conta o fundador da Lar Brasil. Silva compreende a situação das indús- trias. “Nós observamos que alguns pro- dutos já aumentaram o preço em 20%, temos de entender que uma boa parte dos insumos são importados e a alta do dólar está prejudicando os fabricantes. O que temos de fazer é aguardar um posi- cionamento deles, saber se conseguirão comprar matéria-prima importada e se vão reajustar os preços por estarem comprando mais caro. Mas isso é uma questão que ainda leva um tempo para ser respondida, vamos esperar”, finaliza. Por Natalia Concentino

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