MV Norte & Nordeste 23
30 ração. Mesmo o mercado externo tendo nos salvado no pior momento da pande- mia, os volumes vendidos neste semes- tre estão exatamente iguais aos volumes de 2018, ou, sendo mais específico para não deixar dúvidas, 1,5%menos. Não sei de onde saiu 60% ou 600%, mas, confor- me a Ibá, na soma dos painéis neste 1º semestre do ano, o volume exportado foi levemente menor comparado a 2019”. A diretoria da Berneck também se re- portou sobre a possível falta de canal de comunicação entre a empresa e o mer- cado: “Sempre estivemos à disposição de nossos clientes/parceiros e imagino que nenhum tenha buscado entidades por al- gum prejuízo causado por nossa empre- sa. Como temos convicção do que esta- mos fazendo, absolutamente nada muda se a conversa vier regional ou nacional, atenderemos a todos da mesma forma”. FIBRAPLAC RESPONDE Em entrevista por telefone, o diretor comercial da Fibraplc, Marcelo Veloni Curti Verfe, falou sobre cada uma das questões propostas. Segundo ele, a Fi- braplac, que já atuou com três linhas de produção (duas de MDF e uma de MDP), este ano está mantendo ape- nas uma linha de MDF, o que garante produção mensal de 18.000 metros cú- bicos. “Paralisamos as linhas por ques- tões estratégicas da empresa e devemos retomar a segunda linha de MDF em julho de 2021”, afirma Marcelo, lem- brando que 95% do volume produzido atualmente é vendido às revendas que atendem marcenarias. “Apenas 5% da nossa produção é destinada às indús- trias de móveis da região Sul”, acres- centa. Apesar disso, o diretor comercial da Fibraplac informou que recebeu pe- didos de aumento de compra dos clien- tes atuais e, principalmente, de não clientes. “O inesperado aumento de demanda por móveis, motivado pelo isolamento, provocou esta busca por painéis. Mas, do nosso lado, também dependemos de insumos, em especial de resinas, madeira e papel. E a cadeia de suprimentos também sofreu parali- sações. Para ilustrar, compramos resina de uma empresa que tem unidades no Rio Grande do Sul e no Paraná. Como a unidade gaúcha, mais próxima de nós, ainda está paralisada, estamos re- cebendo resina da unidade de Curitiba. Aliás, as empresas de modo geral opta- ram, em meados de março, pela saúde financeira e paralisaram atividades ou reduziram pessoal”, lembra. “Mas esta- mos percebendo que todos estão vol- tando ao normal”, completa. Quanto ao aumento de preços, Marcelo afirma que a Fibraplac repassou 6% até agora e deve repassar mais 8% até o fim do ano e a justificativa é a mesma dos demais: custos dos insumos básicos que são cotados em dólar. Em relação às exportações, a Fibra- plac atende apenas os mercados do Paraguai e Bolívia. “Como vendía- mos MDP para estes clientes, esta- mos migrando para o MDF, mas os embarques estão praticamente pa- rados, especialmente para a Bolí- via, por conta da pandemia”, finaliza. GREENPLAC RESPONDE A empresa sul-matogrossense, uma das mais novas do setor, respondeu o ques- tionário enviado pela Móveis de Valor. Sobre aumento de preços: “As indús- trias de painéis vêm sofrendo há mais de um ano com os reajustes de insumos e componentes de produção. Essa pres- são se acentuou com as paralisações das produções devido à crise da COVID-19, o que fez com que esse fato se transfor- masse em custo efetivo e real. Mesmo antes desse impacto, a Greenplac já si- nalizava suas necessidades de reajustes ao mercado, porém, infelizmente, não houve espaço para tal ação. Estamos absorvendo grande parte dos aumentos causados pela pandemia”. Sobre desabastecimento: “Mesmo com os impactos econômicos e sociais gera- dos pela pandemia, a Greenplac não teve sua produção afetada, pois, desde o iní- cio do ano, a empresa havia mudado a es- tratégia e passou a estocar produtos. Isso ajudou a suportar, sem nenhum impacto, a demanda que aumentou rápida e consi- deravelmente. Por este motivo, felizmen- te, não tivemos falta de matéria prima. A Greenplac é uma empresa que busca a verticalização de seus processos produti-
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