MV Norte & Nordeste 26

24 PRINCIPAIS DIRETRIZES Aprenda: o saber não ocupa espaço. Aja: faça acontecer, não espere acontecer. Persevere: não reclame, não adie e não desista. Lidere: faça o melhor e seja exemplo. Vença: você nunca estará sozinho. Tem sua equipe. O figurante é aquele que, dada a tarefa para a equipe, surge como se estivesse em uma arquibancada, um torcedor que se passa por líder: “Vamos lá, é isso aí, bora lá, estamos quase chegando, vou tomar café e já volto”, e não faz nada. Fica no vácuo da equipe e não exerce influência nenhuma sobre o resultado. Já o protago- nista é o que busca a tarefa. Tem atitude. Costuma dizer: “Deixa que eu faço”. De forma empírica, estima-se que 20% de qualquer grupo reunido aleatoriamente é formado por protagonista. Numa escala de zero a 10, o avanço do conceito de equipe de alta performan- ce no Brasil está no nível 4, avalia Sto- rani, devido a uma sociedade em que, cada vez mais, as pessoas se tornam fi- gurantes e continuam se posicionando como vítimas. Dois elementos têm feito a diferença na montagem de equipes de alta perfor- mance: propósito e confiança no time. No último Congresso Brasileiro de Trei- namento e Desenvolvimento foi tema central. Vitor Rodrigues, sócio-diretor de Desenvolvimento e Projetos da Rise Desenvolvimento Humano, conta que o ponto de partida para entender uma equipe de alta performance é saber em que estágio os times se encontram. Su- gere fazer avaliação aprofundada sobre o relacionamento dos times, como enxer- gam o futuro do negócio e como querem se sentir no presente e no futuro. ficantes de inovação, altos índices de absenteísmo e brigas. Storani lembra que quando se en- tra num ambiente (empresa) onde há consonância entre o que é praticado e o que é discursado pela alta direção, quando percebe que há verdade e não fantasia, tem tudo para dar certo. Isso é uma equipe de alta performance, mas alerta que é pretensão pensar que ao montar uma estrutura de alto desem- penho todos vão ficar até o final. Cla- ro, tem gente que se sente gratificado e mesmo recebendo proposta, prefere ficar, mas é uma presunção achar que todos vão permanecer. Por Guilherme Arruda, jornalista convidado Alguns temas podem ajudar a dar esse pontapé inicial para a alta performan- ce, como dedicar algum tempo para discutir e fazer o propósito da com- panhia ficar mais presente na vida das pessoas. Um bom momento para isso é realizar atividades que tenham conexão com o tema nas convenções, que reú- nem um bom número de colaborado- res. Quando as pessoas experimentam algo, elas compreendem mais ampla- mente o tema. Isso porque a atividade torna-se parte da vivência delas, do his- tórico de vida. Outro tema importante é a confiança do time. As pessoas sentem-se melhor quando confiam umas nas outras. Pen- se numa uma área que precisa entregar uma determinada meta, e onde os re- sultados individuais é que vão compor o resultado global, mas para isso acon- tecer as pessoas precisam comparti- lhar informações. Os profissionais, no entanto, não confiam uns nos outros, não compartilham as melhores prá- ticas e não constroem em conjunto o resultado. As consequências disso são baixa produtividade, índices insigni-

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