MV Norte & Nordeste 26

40 com o preço abaixo, não é mais tão atra- tivo e nem um diferencial”, expõe, reve- lando um projeto que desenvolveu para uma fábrica de móveis com várias lojas em todo o Brasil. Sem revelar o nome, ele conta que o fabricante não queria investir em um site para todas as lojas, mesmo assim queria gerar leads a partir de ações digitais. “Desenvolvemos o site + estratégia de captação de clientes no digital e criamos um sistema onde cada contato gerado no site ia para a loja mais próxima do cliente. Ou seja, se um clien- te enviasse o pedido de contato e estava na cidade de São Paulo, o contato era redirecionado para a loja do bairro mais próximo dele, isso deu um ótimo resul- tado pois dava escala para a empresa e ao mesmo tempo dava um "toque local" no contato com o cliente”, informa Benetti. QUESTÃO DE VIDA OU MORTE Absorver estratégias digitais é uma ques- tão de sobrevivência do negócio, avisa Carlo Manfroi. “Quem não procurar no- vas maneiras de interagir com seu públi- co ficará de fora. Abrir a loja e aguardar o consumidor chegar já não é o suficiente. Isso tanto no físico quanto no digital”, diz, e acrescenta: “Muitos ainda acham que abrindo um e-commerce irão faturar muito. Porém, sem divulgação é como uma loja em má localização: ninguém vê. Além de abrir um canal digital, pre- cisa fazer campanhas, comunicar, divul- gar para as pessoas e grupos de interesse. Para ganhar mercado é importante um plano estruturado de marketing digital, e evitar ações aleatórias ou por impulso. É preciso ter frequência e persistência, medindo os resultados”, ensina. “Assim como outras tecnologias surgi- ram décadas atrás, agora são essas que nos colocam no páreo. Lojista que não entender isso ficará para trás. Encaro como atualização das ferramentas de comunicação entre pessoas e empresas. Não é a solução para tudo, mas quemnão participar deixará de interagir e perderá vendas”, arremata Manfroi. O diretor da Orgânica Digital segue a mesma linha. Benetti não vê risco de desaparecimento de lojas, mas sim de perder mercado e as melhores oportunidades. “Este é um ca- minho sem volta, quem não se atualizar e não buscar conhecimento está fadado a ficar estagnado e a partir daí perder cada vez mais mercado”, diz. Uma prova que o varejo é receptivo é a utilização crescente do OTT. Augusto Rocha conta que com ele, o vendedor não precisa esperar o cliente entrar na loja física para vender mais. “As melho- res estratégias de CRM ficam na mão do vendedor, em um aplicativo rechea- do de análise de dados e boas práticas”, lembrando “um case bem interessante em parceria com a YouCom (rede de loja moda jovem) que penso poder se expan- dir para nichos diversificados do varejo”. Para as ferramentas digitais deslancha- rem no varejo é preciso que haja a união de todo grupo, principalmente, o vende- dor. “Não podemos deixar ninguém de fora desse processo”, comenta Augusto Rocha. Sobre a adoção de novas tecnolo- gias, ele considera importante saber di- ferenciar o que você precisa desenvolver

RkJQdWJsaXNoZXIy MzE5MzYz