MV Norte & Nordeste 27

36 maciço de termelétricas fósseis. O PL nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara, garantirá em lei o direito do consumidor de gerar e utilizar a própria eletricidade, a partir de fontes limpas e renováveis. “ A geração própria de energia solar aju- da a economizar água dos reservatórios das hidrelétricas do País e reduz o uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes e responsáveis pela terrível bandeira vermelha. Com isso, ajuda a diminuir a conta de luz de todos os brasileiros. Por isso, é fundamental fortalecer e incentivar o uso desta tecnologia no Brasil”, comenta Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administra- ção da ABSOLAR. Arapongas, polo moveleiro do Paraná, é uma das cidades que já está contando com indústrias interessadas no uso de energias alternativas. “Há ummovimen- to significativo das empresas em implan- tar energia fotovoltaica para reduzir o valor de sua conta de luz. É ummercado que prospera, mas com algumas res- trições por parte das distribuidoras de energia”, inicia Nilson Violato, secretário da indústria e comércio do município. Violato conta que o polo moveleiro ainda não possui dados precisos quanto ao uso de energias alternativas, mas que ano, o equivalente a uma redução de 47% no consumo da iluminação. Além de oferecer redução pela efi- ciência real dos LEDs, as lâmpadas possuem automação que reduz a ilu- minação em 25% quando não detectam movimento no local num período de 15 minutos, o que ajuda a maximizar a economia de energia de forma simples. Foram também implantados tempo- rizadores, que permitem medição remota do consumo para identificação de novas oportunidades de redução. A iniciativa contribuiu para a redução de R$ 1,3 milhão nos custos de iluminação do complexo industrial, que possui mais de 100 mil m². a prefeitura está colocando em prática um projeto para a criação do Parque Tecnológico de Energias Renováveis e Tecnologias Emergentes. “Nós estamos em fase de implantação desse pro- grama de uso de energias renováveis, que envolve a fotovoltaica, claro. Essa iniciativa prevê a consolidação de um ecossistema de empresas e iniciativa pública, tendo o uso do biometano para mobilidade urbana como um dos exemplos de alternativa”. Quem já está colhendo os frutos do uso da energia solar é a Nordeste Colchões/ Ortolite, de Bezerros (PE). "Hoje conse- guimos gerar energia suficiente para o abastecimento da nossa fábrica comuma folga de 30%. Com certeza foi um exce- lente investimento", afirma José Vitorino Rios Monteiro Neto, diretor comercial. EFICIÊNCIA TAMBÉM É ALTERNATIVA A fábrica de móveis Bartira, que per- tence à Via, não investiu em energia fotovoltaica, mas resolveu fazer uma gestão inteligente da iluminação para que pudesse economizar no final domês. Ainda em 2019 a empresa já colocava em prática um projeto de eficiência energé- tica em que instalou luminárias de LED que geram uma economia de 3.5 GWh/ A ENERGIA SOLAR ACABA DE ATINGIR A MARCA HISTÓRICA DE DE 6 GIGAWATTS (GW) DE POTÊNCIA INSTALADA NO BRASIL JACAUNA INAUGURA USINA SOLAR A Jacauna é mais uma nordestina a apostar no uso da energia solar. A empresa de Marco, no Ceará, inaugurou sua usina de geração de energia solar no dia 10 de agosto. O empreendimento vai gerar 1,8 MW para seu parque fabril. Com a usina, estima-se que a indús- tria deixe de consumir cerca de 90% de energia gerada de fontes não reno- váveis. O impacto para o município é em redução do consumo de água na geração de energia hidráulica e destinação do recurso para famílias e no agronegócio. E as novidades não pararam por aí. A Jacauna aproveitou a ocasião para anunciar a segunda fase da reser va de reflorestamento de eucalipto para a produção própria de móveis. A expectativa é que, em dez anos, a fabricante seja abas- tecida com madeira de produção própria para venda no mercado interno e exportação. Por Natalia Concentino, jornalista

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