MV Norte & Nordeste 27
41 VOCÊ ESTÁ PRONTO PARA FRANQUEAR? Esta é um ponto extremamente importante. Que instru- mentos um industrial tem emmãos para avaliar se tem ou não potencial para ser um franqueador? Qual o seu nível de franqueabilidade, ou seja, quais os requisitos mínimos necessários para que seja formatado e vendido como uma franquia? Todos podem sonhar em ser um grande franqueador, mas nem todos os negócios são aptos para se tornar uma rede de franquias. Há alguns sinalizadores que podem apontar se o seu negócio é franqueável ou não, como seu sucesso operacional, a existência de processos claros e bem definidos, e mesmo o assédio de clientes perguntando se a empresa é uma franquia. “A verdade é que o fundador da marca temmuita emoção envolvida no seu negócio. Afinal, é cria dele, e isso difi- culta uma análise imparcial e focada em dados. A reco- mendação é sempre buscar uma empresa especializada em formatação, pois temos meios e experiência de entender se aquela empresa é formatável, e se uma vez formatada, sua franquia terá poder de tração para atrair investidores que invistam em montar suas unidades”, afirma Marcelo Martinez, da RZD Consultoria e Gestão de Franquias. Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt, informa que promove vários estudos técnicos para chegar a essa conclusão. Uma parte importante do processo de análise de franqueabilidade é ouvir o mercado consumidor e os stakeholders de uma forma geral. “Fazemos pesquisas com esses públicos para entender a imagem da marca, a satisfação com os produtos, o nível de lealdade, avaliação de concorrência etc. Além disso, diversos estudos finan- ceiros com diferentes cenários vão medir o potencial de mercado a ser alcançado com o negócio. Projetando desde os custos de operação, necessidade de investimento e os resultados”, diz a empresária. Para Adir Ribeiro, da Praxis Education, o potencial de franqueabilidade do negócio leva em conta fatores como a experiência no mercado (tempo de existência, o histórico de sociedade e as parcerias), organização do conhecimen- to (sistemas, métodos, processos, ferramentas), cultura empresarial, que tem peso forte neste sistema (franquea- dos precisam de autonomia para tocar seus negócios), a experiência na operação e a gestão do negócio que será franqueado: ou seja, a imagem da marca. (G. A.) EVITE OS PECADOS JURÍDICOS Franquia, segundo a Lei 13.966, aprovada em 2019 em substituição a 8.955/94, é um sistema empresarial que permite a um franqueador conceder a terceiros (fran- queados) o direito de utilizar sua marca em conjunto elaborar um plano de negócios que envolva a apuração dos principais indicadores financeiros do negócio – tanto para a unidade franqueada, como para a empresa franqueadora. Este plano passa, necessariamente, pela apuração do potencial de expansão do negócio, o qual, por sua vez, implica na avaliação do potencial de consumo daquela determinada categoria de produtos direcionada ao público-alvo da marca, cruzando-se ainda com uma estimativa de market share da empresa. A procura para transformar negócios tradicionais em redes de franquias tem aumentado muito. Esse é o modelo de negócio que mais cresce no mundo, mas também é o que leva mais gente a falência. Assim sendo, é preciso ter controle sobre toda a operação. Esta é a essência do negócio.
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