MV Norte & Nordeste 31

8 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE Quando analisamos os resultados financeiros das empresas que vendem móveis, listadas na Bolsa de Valores, o que fica mais evidente é o prejuízo no balanço, comum a todos. Lá estão Mobly, Westwing, Via Varejo, Magazine Luiza, Quero- -Quero reportando dados negativos na última linha do ba- lanço. No 2º trimestre o prejuízo da Mobly subiu quase 64% a R$ 27,8 milhões. A Westwing reverteu o lucro em prejuízo de R$ 8,73 milhões. A Via Varejo saiu de um lucro de R$ 132 milhões entre abril e junho 2021 para um resultado positivo bem menor, de R$ 6 milhões, no mesmo período de 2022. O Magazine Luiza apresentou prejuízo líquido de R$ 135 milhões no 2º trimestre de 2022. O resultado representou reversão ante o lucro líquido de R$ 95,5 milhões reportado no mesmo período do ano passado. E a Quero-Quero, com menos exposição do segmento moveleiro, atingiu prejuízo de R$ 4,4 milhões, contra lucro de R$ 16 milhões na compa- ração com o mesmo período do ano anterior. Portanto, a luz no fim do túnel parece mesmo uma locomotiva chegando... ARI BRUNO LORANDI VENDER MÓVEIS É UM BOMNEGÓCIO? Uma empresa que se destaca em tecnologia, é autossufi- ciente em energia, prepara seus sucessores e alcança a con- dição de líder no mercado regional, merece ser aplaudida. Estamos nos referindo à Tuboarte, de Jaguaribe, distante 300 km de Fortaleza. Nesta edição você vai conhecer um pouco mais sobre a gestão desta empresa cearense e, com certeza, vai concordar conosco: dá gosto de ver empresas assim. DÁ GOSTO DE VER Para o megainvestidor Luiz Barsi, o Magazine Luiza irá enfrentar uma recuperação judicial e deve ir à falência. O prognóstico, contudo, não firma uma data, e o investidor cita somente os riscos atrelados ao segmento do varejo. “Pelo menos 40 empresas de varejo quebraram e outras quebra- rão. O Magazine Luiza vai quebrar um dia. Não sei quando, mas vai… eu não sou profeta, estou falando em termos de histórico. A Via também está pendurada”, disse Barsi em en- trevista ao podcast Irmãos Dias. Não fui eu que disse que o Magalu vai quebrar, mas na segunda nota desta coluna pode ser observada a principal razão se e quando isso acontecer. “MAGAZINE LUIZA VAI QUEBRAR” CÁ ENTRE NÓS Para responder à pergunta do título da primeira nota, é preciso destacar o que chamamos demodelo de negócios “perde-perde”, alavancado e cada vez mais dependente do preço baixo; coisa do passado, considerando os altos custos de produção gerados a partir da pandemia. Vender móveis sempre foi um bom negócio, mas deixou de ser por culpa exclusiva de lojistas, que não estão interessados emvender soluções para as necessidades dos consumido- res. Não são todos, mas representam muito em volume. O MODELO PERDE-PERDE

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