MV Norte & Nordeste 34
39 e tecnologia, que lhe proporcione mais saúde, conforto e que tenha uma resis- tência superior”, enfatiza. “Portanto, o varejo, para sobreviver, e até agregar mais valor aos seus produtos, precisa- rá necessariamente oferecer itens de maior qualidade e resistência para con- seguir competir coma concorrência das fábricas”, continua Gaspareto. “Além disso, é preciso oferecer uma boa expe- riência de compra que envolva tecnolo- gia e interatividade e, se o varejista não tiver esse diferencial, ele vai ter perdas significativas porque os fabricantes cer- tamente tem”, alerta o consultor. Por fim, Gasparetto observa que há uma grande parcela de empresários do setor moveleiro focados em lamen- tar o momento macroeconômico atual do país ou tentando ligar a diminuição do seu faturamento à política do Brasil sem se atentar aos impactos da pande- mia que ainda são recentes. “É preciso lembrar que os clientes que costuma- vam frequentar as lojas, agora estão em peso em sites de empresas e pro- dutos para entender com qual loja eles irão se relacionar”, explica o consultor, enfatizando que 45% dos consumido- res quando pensam em comprar um móvel, se direcionam à internet. “Não significa que eles vão, de fato, com- prar online, mas o primeiro contato que eles terão com a empresa e com os produtos será na internet”, observa Gasparetto. “Ou seja, ao invés de la- mentar o momento econômico, vamos tentar começar a pensar o seguinte: o que eu posso fazer para promover uma sinergia entre o online e o físico, para que o cliente se sinta à vontade e convidado a frequentar tanto mi- nha plataforma eletrônica quanto mi- nha loja física?”, finaliza o especialista. QUEM COMPRA MAIS MÓVEIS NO BRASIL? Agora que você já entendeu quais fatores estão influenciando atualmente nos hábitos de compra dos brasileiros, chegou a hora de entender qual o perfil de consumidor que mais compra móveis no país. Segundo uma pesquisa realizada pela Opinion Box em 2020, a compra de móveis émais frequentenoBrasil entre as mulheres. O levantamento também aponta que 66% das entrevistadas afirmaram ter comprado móveis nos últimos 12 meses, enquanto apenas 50% dos homens relataram ter feito a mesma compra. Além disso, a mesma pesquisa apontou que a faixa etária que mais compra móveis é a de 25 a 34 anos, representando 39% dos entrevistados. Em seguida, a faixa etária de 35 a 44 anos representa 27% dos entrevistados que compraram móveis nos últimos 12 meses. Para Paulo Escrivano, as novas configurações familiares, a biofilia radical, um novo mindset financeiro e a necessidade de casas mais conectadas ou inteligentes são as grandes responsáveis pelas mudanças no perfil de compradores de móveis nos últimos anos. “A casa é um reflexo da nossa vida, assim como uma peça de roupa pode expressar quem somos”, reflete o head. Já quando o assunto é a influência do poder aquisitivo da população em relação ao que as pessoas conso- mem, Escrivano observa que a classe Alex Gasparetto, consultor de desenvolvimento profissional
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