MV Norte & Nordeste 36
11 Instituto Impulso, faz uma previsão de consumo de móveis em 2024 de R$ 86,9 bilhões, ou seja, 3,2% superior ao que foi previsto para este ano. Nas regiões Norte e Nordeste, o potencial é de R$ 17,4 bilhões, ou seja, 20% do consumo entre uma população que representa 30% do País. Isso explica por que o consumo médio das duas regiões do Brasil de Cima corresponde a 56% do consumo per capita do Brasil como um todo. Veja quadros a seguir, que valem mais do que mil palavras para explicar o desempenho de cada estado das duas regiões. E viável alcançar este número, mas por favor sem downgrade, sem pro- moções absurdas e considerando tudo o que observamos aqui. Ou então, que Deus nos ajude a sair de resultados pífios que ocorrem ano após ano. dutos. Seu marketing deve falar uma linguagem verbal e visual- mente sofisticada que se conecte emocionalmente com os clientes e comunique as razões por que seus produtos são diferentes e melhores. A demanda por móveis é baseada na necessidade, função e moda. O desejo inevitável dos humanos de se expressarem semanifesta tambémem seus móveis. Por isso precisamos estar na moda. O status é tão importante quanto a função. Os móveis são uma expressão de si mesmo e da identidade das pessoas, tanto quanto as roupas ou os automóveis. Mas (e sempre tem um mas na história!), a indústria de móveis – salvo raras e honrosas exceções – não se utiliza de informações estratégicas, ou seja, de inteligência comercial. E, sem saber qual o tamanho do mercado, também não investe em geração de demanda. Logo, a expansão do mercado é orgânica e fica longe da necessidade das indústrias, considerando a capacidade de produção de móveis instalada. Desde 2002, com dados se- cundários confiáveis, proje- tamos anualmente o poten- cial de consumo de móveis no País, por município, classe social, segmentos etc. Trata- -se de um Raio-X do poten- cial de compra de móveis das famílias, mas pouco mais de uma dezena de indústrias se utilizam desta ferramenta para projetar suas metas. Uma olhada no desempenho do varejo de móveis nos últimos 20 anos nos dá uma visão ampla da evolução do mercado. E analisar o mercado com esta amplitude é determinante para que os empresários tomem decisões de investimentos, projetando o futuro. Não dá para investir apenas porque houve um soluço no mercado, como aconteceu na sequência da pandemia. Apenas como exemplo, o volume de venda de móveis entre 2013 e 2022 recuou quase 25%, segundo dados do IBGE. Os números do varejo de móveis nos nove primeiros meses deste ano são muito ruins. Tanto em volume quanto em receita de vendas, -6,6% e 3,0%. Porém, são muito piores em algumas regiões e menos ruins ou até positivos em outras regiões. Inteligência comercial serve para analisar com lupa as ilhas de oportunidade. Elas existem e, normalmente, são determinadas por aspectos econômicos de longo prazo. E a participação que temos no bolo de consumo das famílias, que há 20 anos estava na casa de 2%, agora se situa em 1,5%. Perdemos 25% do mercado. O estudo Mapa do Mercado, do
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