MV Norte & Nordeste 36

15 no mercado. Fizemos várias viagens para Paraíba, Ceará, São Paulo. O que o Brasil tem feito que a gente ainda não alcançou no Estado?”, detalha. Outra empresa que tem vivido essa transformação de perto, depois da compra de uma coladeira, é a Marce- naria Nossa Senhora da Guia, funda- da há cerca de 20 anos em Natal por Francisco Joailson. A máquina adqui- rida por ele trouxe maior agilidade na colagem de fitas de acabamento em peças de madeira. “A gente conseguiu crescer este ano com essa máquina, em média, 15% e com isso precisamos de mais trabalhadores, porque a má- quina produz, mas temos que montar na casa do cliente”, afirma. De acordo com o líder do SINDMÓ- VEIS, Ney Robson, são inovações como essas que devem garantir uma maior participação do Rio Grande do Norte, que hoje representa apenas 10% do mercado nacional, com maior atuação de cidades como Natal, Mos- soró e Assú. A indústria moveleira do Brasil é representada, principalmente, por estados do Sul e Sudeste, onde se concentra maior produção. No entanto, o presidente alerta que, embora haja uma maior produção em estados do Sul, é necessário se atentar para o mercado local para que ele seja fortalecido. A estimativa feita é que empresas potiguares suprem apenas 15% da demanda do RN, enquanto 85% ficam com empresas sulistas. “Na hora em que a sociedade enco- menda ou compra um produto que vem do Sul, está fortalecendo a ci- dade do Sul e não está fortalecendo a nossa cidade, a infraestrutura da nossa cidade, a segurança, educação e a saúde. Então é muito importante a sociedade contratar um mobiliário dentro da nossa cidade, Natal, dentro do nosso estado, RN. Com isso, você estará fortalecendo emprego e renda aqui”, disse Ney Robson. O fortalecimento do setor perpassa ainda a união dos próprios empre- sários através do Sindicato, comenta Wellington Silva, sócio-proprietário da Movew. “O presidente Ney sem- pre fala com a gente sobre como é importante não só eu comprar as melhores máquinas, crescer sozinho, e sim fortalecer o segmento para que as pessoas no RN entendam que aqui temos profissionais excelentes e quanto mais juntos ficamos, mais forte acontecem as coisas”, diz. FORTALECIMENTO SINDICAL PARA CRESCER O fortalecimento sindical é um passo já pensado pela Federação das In- dústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) neste início de gestão. A criação da Coordenação de Rela- ções Institucionais e Mercado, há um mês, é um passo dado nesta direção e deve abrigar o Projeto de Meritocra- cia Sindical, que garante suporte aos sindicatos no desenvolvimento de suas ações individuais. “A meritocracia premia aqueles que geram desenvolvimento. Então, para um sindicato que precisa primeiro se reestruturar, neste caso, nós vamos dar todo o suporte de estrutura. O nosso desenvolvimento industrial passa pelo fortalecimento sindical e estes sindica- tos terão todo o suporte. Apoio inclu- sive econômico para fazer esse desen- volvimento”, detalha a coordenadora executiva de Relações Institucionais e Mercado, Ana Adalgisa Dias. “O de- senvolvimento precisa envolver tam- bém as casas que compõem o Sistema FIERN – SESI, SENAI, IEL e a própria fe- deração”, complementa. Além disso, o suporte é de grande importância porque as empresas de móveis planejados que investem em maquinário e buscam compor o cená- rio industrial do RN são de pequeno porte, reflete a coordenadora. Desta Sócio-proprietário da Movew, Wellton Silva Francisco Joailson, dono da Marcenaria Nossa Senhora da Guia Ney Robson, líder do SINDMÓVEIS

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