MV Norte & Nordeste 36
16 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE maneira, observa Dias, será possível conquistar uma parcela maior do mer- cado moveleiro dentro Estado. “A gente tem que fortalecer a pequena empresa com capacitação via SENAI, com introdução de consultorias atra- vés do IEL, dando uma um treinamen- to para família do próprio industriário, dos trabalhadores. A SESI Clínica na parte de saúde e segurança do tra- balhador. Então, devemos unir os serviços que a Federação já detém com outros projetos de financia- mento, que a gente possa ofertar e, consequentemente, desenvolvendo a indústria local”, conclui. Ney Robson pontua que o SINDMÓ- VEIS tem investido a longo prazo na captação de mais associados. Atual- mente, o sindicato conta com um total de 35 empresas filiadas. Este número, no entanto, deve subir nos próximos anos. “Vamos ampliar o quadro ago- ra, na campanha de busca de novos filiados. Queremos atingir em torno de mais 50% de filiados no número que temos hoje”, afirma. QUALIFICAÇÃO RUMO À INDÚSTRIA 4.0 Os investimentos no parque de máquinas causam transformações não apenas para os empresários, mas também muda a vida dos traba- lhadores. Isto porque, o setor de movelaria tem ficado cada vez mais automatizado, entrando no nicho da Indústria 4.0, que engloba o uso de sistemas de tecnologia avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem, mudando as formas de produção no Brasil. No caso da indústria moveleira, os móveis passam a ser feitos na tela do computador, através da modelagem. “É um ramo que continua sendo sob medida, porém a criação do móvel é digital e a sua criação obedece fiel- mente ao que está na tela do compu- tador”, detalha o investidor da Wood Express, Gustavo Vieira. Para que esta transformação ocorra de maneira efetiva, a qualificação dos trabalhadores é fundamental. Opera- dores de Sistemas, artistas 3D – que devem atuar na operação de softwares de modelagem – e assistentes opera- cionais, por exemplo, serão cada vez mais requeridos na produção de mó- veis planejados. A Wood, que existe há aproximada- mente quatro anos, está passando pelo processo de aperfeiçoamento do software de modelagem e Vieira tem procurado profissionais mais qualifica- dos para a área, assim como a Filiatto, empresa de criações em movelaria. “Tivemos que fazer um investimento nos últimos 12 meses e a qualificação de mão de obra não acompanhou esse processo. Nós temos que re- correr muitas vezes a um funcionário que já pertence ao quadro para poder qualificar, mas nem todos têm esse perfil’, comenta o diretor comercial da Filiatto, Thyago Alves. Pensando no aumento dessa procura, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em parceria com o SINDMÓVEIS, formou 17 novos pro- fissionais no curso de Assistente Ope- racional para a Indústria Moveleira do RN, com o objetivo de solucionar e ampliar a oferta de qualificação profis- sional e oportunizar vagas no mercado de trabalho da movelaria. A solenidade ocorreu em 10 de outubro deste ano, no Hub de Inovação Tecnológica, em Natal. A perspectiva é que novas ca- pacitações sejam abertas e que mais profissionais ocupem novas posições. O curso foi criado a partir de uma de- manda levada pelo SINDMÓVEIS ao SENAI, que customizou a qualificação voltada às necessidades apontadas. Texto e fotos: Líria Paz - FIERN Wellington Silva, sócio-proprietário da Movew Coordenadora executiva de Relações Institucionais e Mercado, Ana Adalgisa Dias Gustavo Vieira, investidor da Wood Express
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