MV Norte & Nordeste 36

38 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE LOJA DE MÓVEIS PRECISA SER SEXY O ponto precisa ser atrativo suficiente para despertar a atenção e o interesse dos consumidores, mesmo diante de alternativas disponíveis Pense como seria a experiência de fazer um curso rápido de culinária naquela cozinha dos sonhos. Não daria vontade de comprar uma nova cozinha Entrar em uma loja de móveis deve ser como visitar uma nova casa. Precisa ser uma experiência sensorial de exploração de possibilidades infinitas Antes da pandemia, o varejo físico já vinha perdendo cerca de 10% do tráfego em suas lojas. O dado foi revelado na National Retail Federation de 2019. E embora se pense que isso se deve ao aumento de ofertas e de procuras pelo meio digital, na verdade, esta não é a principal resposta. A causa real é que as lojas físicas estavam se apresentando menos atraente para consumidores cada vez mais exigentes e acostumados com novas experiências e munidos de novas expectativas. Foi isso que reduziu o interesse pelo formato tradicional de varejo. Mas e agora, passada a pandemia e as voltas com um momento economicamente difícil, o que fazer para gerar tráfego na loja? Alexandre Conte, Mestre em Estratégias de Marketing e Comportamento do Consumidor pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Marketing pela FAE Business School e Bacharel em Desenho Industrial (Design Gráfico) pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, aponta caminhos. Como responsável pelo marketing de empresas de diversos setores – incluindo o varejo – ele sugere: “O varejo precisa se reinventar e se apresentar de forma mais atraente para despertar a atenção e interesse dos seus consumidores. Lojas de móveis precisam ser muito mais do que um grande espaço de mostruário de produtos. Embora seja possível interagir fisicamente com os produtos, o meio digital oferece mais agilidade para buscas, comparativos e avaliações. As lojas precisam se tornar mais “sexy” para chamar a atenção e despertar a curiosidade e interesse”, assinala. Como fazer isso? • Criar eventos com profissio- nais e conteúdo de decoração. • Criar espaços interativos nos quais os clientes possam reali- zar workshops que lhe permitam compor a formatação dos am- Por Guilherme Arruda, jornalista convidado