MV Norte & Nordeste 37

25 Estamos fazendo esse levantamento agora e creio que teremos definições nos próximos meses. Uma parceria comoSebrae estápermitindoos estu- dos sobre custeio. Alémdisso, a FIERN está dando todo apoio ao projeto, através de seu presidente Roberto Serquiz, colocando toda estrutura do sistema FIERN à disposição”, afirma Ney Robson. Empresas do interior que queiram se expandir, também poderão integrar afiliadas ao polo. Ao todo, o projeto terá uma área instalada de aproximadamente 15 mil metros quadrados. Um grupo de trabalho foi criado pelo Sindmóveis para captar interessados no projeto. “Temos 14 empresas que já nos procuraram, mas estamos abertos porque há critérios a serem seguidos e que vão funcionar como um funil para a seleção das empresas. Queremos um polo capaz de entregar serviços que agreguem com responsabilidade social e qualidade”, garante o presidente do Sindmóveis. Além da alta concentração de empresas, a região onde o projeto será fixado leva em conta outra estratégia, como explica Ney Robson Alves. “Teremos, para além das 20 empresas – até um pouco mais – que poderão se instalar e poderemos conectar quem está fora do polo, no entorno. Sem falar que ali é uma região interligada a São Gonçalo do Amarante e a Macaíba, que ficam num raio de 30 km, onde podem ser criados outros polos e subpolos”. De acordo com ele, será assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto à Semurb para que o projeto possa entrar em funcionamento até que seja concluída a regularização das questões para licenciamento ambiental. “O TAC vai nos ajudar a ganhar tempo para a regularização, conforme acordo que fizemos com a Semurb”, disse o presidente do Sindmóveis. “Recebemos o projeto de forma muito positiva. A movelaria é uma indústria que gera quase 1,2 mil empregos de forma direta. Nós apontamos algumas sugestões e temos certeza de que o Sindmóveis vai acatar cada uma delas para que o polo seja regulamentado”, disse Thiago Mesquita, titular da Semurb. INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Ney Robson Alves citou que há, no planejamento, a previsão de instalação de uma usina que vai coletar e tratar corretamente os resíduos de Natal, entre os quais os do próprio polo, o qual irá destinar a madeira tratada para queima nas cerâmicas e contribuir para o combate à desertificação das áreas do Estado que enfrentam esse problema. “A usina vai recolher os resíduos, uma vez que Natal não tem condi- ções de receber o lixo que nós pro- duzimos. Atualmente, esses resíduos são entregues para a coleta domici- liar, o que é um equívoco do ponto de vista legal, além de ser um desperdí- cio. Então, a usina vai encaminhá-los (o lixo tratado do polo e também das áreas externas) às usinas de cerâmica vermelha (tijolo e telha) para queima e reutilização, o que vai ajudar a dimi- nuir a desertificação da Caatinga com a retirada de madeira”, detalha ele. Está prevista também a instalação de um laboratório para o estudo de madeira para a construção de novas técnicas de estrutura, em parceria com o SENAI e com a UFRN. Ney Robson Alves disse que o projeto chega para fortalecer o setor, dificilmente enxergado como uma indústria no Rio Grande do Norte. “O polo vai agregar o fortalecimento da indústria moveleira com um núcleo produtivo que abre leques transversais no sentido de planejar para quem compra apartamento e peças de design, assim como para o setor de madeira maciça – portas, janelas, serrarias e carpintarias, com estruturas que se tornam algo sustentável no mundo. Esta é uma base produtiva importante de Natal e do RN e precisa ser fortalecida, tendo em vista que hoje a gente mira o novo Plano Diretor da cidade”, assinala Ney Robson. Fonte: Tribuna do Norte

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