MV Norte & Nordeste 37
30 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE trar seu domínio entre os principais blocos econômicos numa análise de dez anos, somando US$ 333,0 mi- lhões ano passado, alta de 7,7% so- bre 2022. A América do Norte, que vinha em um compasso ascendente há nove anos seguidos, encolheu 16,4%: US$ 282,2 milhões ante US$ 377,5 milhões em 2022. Terceiro me- lhor destino, a Europa recuou 8,3%, para US$ 117,4 em 2023. O FATOR AMERICANO As vendas para os Estados Unidos em 2023 somaram US$ 259,3 mi- lhões ante US$ 351,8 milhões de 2022, queda de 26%, ou US$ 92,5 milhões de negócios a menos. Se- gundo melhor destino, a Argentina surpreendeu com incríveis US$ 98,9 milhões, alta de 29,3% sobre 2022. Trata-se de um volume recorde na década encerrada ano passado, pro- vavelmente devido a um movimento de antecipação de compras diante das mudanças econômicas e estrutu- rais sob o comando de Javier Milei. O polo de Santa Catarina sentiu os efeitos da contração das compras efetuadas pelos Estados Unidos. Ex- portou US$ 261,2 milhões, 25,1% a menos sobre 2022, basicamente pu- xado pelo mercado americano que adquiriu US$ 123,3 milhões, 38,8% menor em relação ao do ano ime- diatamente anterior. Fábricas do polo de São Bento do Sul venderam US$ 90,3 milhões em 2023, retra- ção de 31,6% sobre 2022. Caçador e Campo Alegre seguiram o mesmo caminho: tiveram recuo de 33,9% e 33,6%, nessa ordem. Habitual ocupante do segundo pos- to nas exportações brasileiras, o Rio Grande do Sul, embarcou US$ 251,2 milhões, retraimento de 2,6% sobre 2022, ajudado pelos desempenhos positivos de Bom Princípio (+77%), Bento Gonçalves (+2,0%), Tupandi (+2,0%) e Flores da Cunha (4%) e al- guns tropeços, como Caxias do Sul (-10,8%), Lagoa Vermelha (-10,2%) e Antonio Prado (-12,2%). Os gaú- chos também sentiram a retração do mercado americano, com dimi- nuição de 14% em relação a 2022. O estado de São Paulo, por sua vez, firmou-se como a terceira força ex- portadora em 2023. Vendeu US$ 169 milhões, aumento de quase 10% sobre 2022, um recorde de negócios realizados em uma década. Mérito para os polos de Gavião Peixoto, Iperó, São Bernardo do Campo e Ita- tiba, entre outros. O Paraná expor- tou US$ 156,1 milhões por conta do dinamismo de núcleos como os de Araponga que, sozinho, respondeu por quase 34% de todas as vendas do estado, somando US$ 52,8 mi- lhões, alta de 5,4% sobre 2022. Des- taque para Quatro Barras, que ven- deu US$ 29,6 milhões, 35% acima do ano anterior.
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