MV Norte & Nordeste 38

8 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE Ingressei em mídia do setor moveleiro há exatos 41 anos e desde então uma questão permanece sem resposta. Por que as pessoas não compram mais mó- veis? Seria exagero dizer que só com- pram quando nas- cem, quando casam e quando se divorciam? Do ponto de vista do consumo acredito que as pessoas compram para satisfazer seus desejos e aspirações, como luxo, status, conforto, influências sociais, emoções, valor percebido e autorrealização. Mas de qualquer ângulo que se analise a questão, sempre fica evidente o papel fundamental exer- cido pela COMUNICAÇÃO. Ela faz toda a diferença. Por isso temos um grande problema no setor moveleiro. Na edição de maio a revista Móveis de Valor trouxe in- formações de que o BNDES está financiando a produção de madeira plástica. O micélio, um fungo que pode ser misturado a subprodutos do agro se transforma em ma- terial para produção de móveis e outra empresa usa bio- plástico de cana-de-açúcar em uma coleção de móveis. Verdade é que está na hora de surgir alternativas ao uso de painéis de madeira, como aliás aconteceu com o anti- go aglomerado e o MDF há algumas décadas. O colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, informa que denúncia de supostas irregularidades praticadas por Marcio Brito, presidente do Inmetro já está no TCU e CGU. A denúncia afirma que Brito reproduz no órgão federal o modus operandi que adotava no Instituto de Pesos e Medidas – Ipem – do Amazonas, o qual presidiu por 12 anos. Sua gestão chegou a ser alvo de auditorias que apontaram indícios de mau uso de recursos públicos. Inmetro nega qualquer irregularidade. ARI BRUNO LORANDI CÁ ENTRE NÓS A pergunta se justifica porque acredito que estamos atravessando a fase mais crucial na indústria colchoeira. O fato é que precisamos transmitir ao consumidor uma imagem clara sobre os benefícios da cama para que ele decida o que comprar para ter um sono reparador. E isso também passa pelas ações de fiscalização para tirar de circulação colchões de qualidade inferior às normas do Inmetro. Agora saiu uma determinação da Anvisa para que sejam suspensas todas as propagandas e publicidades que atribuam propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas a produtos fabricados, distribuídos ou comercializados em território nacional. Uma ótima iniciativa. Para surpresa de ninguém a Mobly registrou um prejuízo líquido de R$ 21,3 milhões no 1º trimestre de 2024. A receita líquida somou R$ 145 milhões, queda de 1,2% nominal no período. E a Westwing também somou mais resultados ruins em seu balanço do trimestre de janeiro a março. A receita líquida recuou 8,4%, a margem bruta caiu 3,8%. E o pior é que não se vê mudança no modelo de negócio destas empresas. Parece que as pessoas querem mesmo comprar móveis nas lojas físicas e só aproveitam galinha morta dos e-commerces. Então, dá- lhe pressão sobre os fabricantes. PARA ONDE CAMINHA O SETOR DE COLCHÕES? PLATAFORMAS DE E-COMMERCE CONTINUAM COM PREJUÍZO PRESIDENTE DO INMETRO DENUNCIADO POR IRREGULARIDADES SEMCOMUNICAÇÃONÃO SE VENDE NADA A BUSCA POR ALTERNATIVAS AOS PAINÉIS DE MADEIRA

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