MV Norte & Nordeste

36 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE GERAÇÃO BETA NO MERCADO DE TRABALHO Quando o assunto é perfil profissional, a marca registrada da nova geração será o uso da criatividade adaptativa como moeda. Isso significa que os Betas não serão apenas freelancers, mas curadores de experiências e solucionadores de problemas locais que ecoarão internacionalmente. “Startups como a Favela 3D já demonstram como soluções de tecnologia social em comunidades podem ser replicadas em países como África do Sul e Índia. A tendência é que iniciativas como essa cresçam ainda mais através dos Betas”, observa Escrivano. Já em relação à formação, os Betas prometem adotar uma educação contínua e autodidata, fator que levará a um desmoronamento dos modelos tradicionais de ensino. “A Geração Beta brasileira dependerá menos de diplomas e mais de habilidades adquiridas em plataformas como Coursera e bootcamps online. A prova disso é que 45% dos brasileiros entre 15 e 25 anos já utilizam aplicativos de aprendizado digital como principal fonte de educação”, pontua o cientista. REVOLUÇÃO OU CAOS? Com todos esses fatores listados fica fácil identificar que a nova geração viverá uma dualidade entre fazer uma revolução ou apenas piorar o caos. Para clarear um pouco mais esse conflito de ideias, Escrivano, a pedido da reportagem, listou os principais pontos positivos e negativos dos Betas, são eles: 1. Ativismo climático global: no Sul Global, a urgência ambiental tornará essa geração líder em soluções climáticas; 2. Pluralidade cultural: o Brasil será um ponto de encontro para movimentos culturais híbridos, onde ancestralidade e tecnologia coexistem; 3. Crise de saúde mental: com as pressões da hiperconexão e do colapso climático, muitos Betas enfrentarão crises de identidade, depressão, ansiedade e agravamento da preocupação sobre saúde mental; 4. Aumentos nas desigualdades digitais: enquanto alguns Betas terão acesso à educação baseada em IA, outros ficarão ainda mais marginalizados. “O Brasil será o palco de tensões que definirão a geração Beta. Enquanto a desigualdade persistir, ela também forçará a inovação criativa, fazendo do país não apenas um receptor de tendências globais, mas um criador de novas narrativas para o Sul Global”, resume o cientista. “No centro disso, a geração Beta surgirá como um catalisador entre a resistência e a reinvenção, sendo a líder subversiva desse movimento”, conclui Escrivano. Os Betas serão autodidatas e apostarão em uma educação contínua A geração Beta nascerá imersa na IA. Inclusive, a imagem dessa criança é fruto dessa ferramenta

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