43 Dicas simples para se proteger Wanderson Castilho, perito em crimes digitais, deixa como recomendação o que ele chama de uso dos 3Ps: PERGUNTE, PENSE e PESQUISE. “Tente se certificar de várias formas antes de clicar em qualquer link, principalmente quando se trata da realização de pagamentos. Os criminosos querem que você tome atitudes rapidamente, por isso é importante que você tire um tempo para pensar, perguntar ou pesquisar”. Ele lembra que qualquer funcionário pode abrir as portas da empresa para ataques criminosos por pura falta de conhecimento ou má intenção, por isso é importante sempre orientar. pois a vítima passa a duvidar de sua capacidade emocional ou de inteligência e o terceiro prejuízo está relacionado ao possível uso de dados no futuro, porque nunca se sabe o real estrago em relação aos dados, gerando ameaças de novos ataques, como o uso dos dados para fazer empréstimos em nome da empresa ou pessoa vítima”, analisa. ATAQUES CIBERNÉTICOS NO SETOR INDUSTRIAL Dados apresentados pela Verizon indicam que foram identificados globalmente, em 2023, 2.305 incidentes de cibersegurança em empresas do setor industrial, dos quais 849 tiveram divulgação de dados confirmada pelas empresas. As principais ocorrências foram a invasão de sistemas, uso de credenciais roubadas e a aplicação de Ransomware (presente em 35% das violações nesta vertical). Já a Apura Cyber Intelligence apresentou, em seu último relatório, uma série de casos de ataques cibernéticos recentes que envolveram sistemas industriais. Nos últimos anos, a sofisticação e frequência dos ataques aumentaram, destacando a necessidade de medidas robustas de proteção contra essas ameaças. A empresa é especializada em cibersegurança e criadora do BTTng, uma avançada plataforma de inteligência em fontes abertas (OSINT) e inteligência em ameaças cibernéticas (CTI). Anchises Moraes, especialista da Apura Cyber Intelligence, conta que no Brasil algumas indústrias já foram vítimas de ciberataques em 2024 e início de 2025, entre elas: Eucatex (ransomware RansomHub), Toyota Brasil (ransomware Hunters International), Metalfrio (ransomware RansonHub), Usina Alta Mogiana (ransomware Akira), Metalmatrix (ransomware Akira), Enge Ilha Construção (ransomware Arcus), Copral (ransomware Lockbit), NUCLEP (vazamento de dados), CP Construplan (ransomware Sarcoma), Consilux (ransomware Akira), Everplast (ransomware Stormous). “O principal objetivo desses ataques é a extorsão financeira após paralisar os sistemas dessas empresas e/ou roubar seus dados. Geralmente são ataques operados por grupos ‘profissionais’ de criminosos relacionados a ransomware. Isso cria um cenário de guerra cibernética”, informa Anchises. Ele orienta que é preciso ter um time de segurança especializado e apto, treinado e com ferramentas adequadas para fazer o processo de identificação de ameaças, monitoAnchises Moraes, especialista da Apura Cyber Intelligence
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