MV Norte & Nordeste

15 SEIS MOTIVOS QUE AFETARAM O TÉRMINO E A ABERTURA DE LOJAS Concentração e consolidação do varejo nacional Redes regionais como Insinuante, Lojas Maia e City Lar não conseguiram competir com os grandes grupos que avançaram no país que possuem escala para negociar melhores preços com fornecedores, investir em tecnologia, logística e marketing. Custo logístico elevado A malha logística no Norte e Nordeste é historicamente mais precária, com custos de transporte mais altos, menor integração intermodal e dificuldade de abastecimento eficiente. Isso comprometeu a competitividade de redes regionais em relação a grandes grupos com cadeias de suprimentos mais otimizadas. Dependência de consumo financiado Como a venda de móveis é usualmente feita via crediário, a alta dos juros e o nível elevado do endividamento das famílias (especialmente nas classes C, D e E) tornaram o modelo insustentável para algumas redes. Além disso, crises econômicas (2014–2016, pandemia e oscilação pós-pandemia) contribuíram para a capacidade de compra dos consumidores. Falta de capital para inovação Muitas redes regionais não conseguiram acompanhar as transformações digitais no varejo (e-commerce, omnichannel, marketplaces, etc.). A digitalização acelerada no pós-2010 foi uma barreira para redes com menos recursos e acesso a crédito. Ciclos de políticas públicas e consumo O crescimento de redes varejistas no Norte/Nordeste foi impulsionado por programas como o Bolsa Família, valorização do salário-mínimo e acesso ao crédito entre 2003 e 2013. A retração dessas políticas e a piora no ambiente macro a partir de 2014 contribuíram para o colapso de parte do varejo regional. Fusões malsucedidas Muitas redes foram incorporadas a conglomerados maiores (ex: Insinuante e City Lar na Máquina de Vendas). A má gestão das fusões e as dívidas resultantes provocaram o colapso das marcas originais e da holding. ativa em Brasília para alcançar os objetivos. "Temos um projeto chamado JUNTOS, que visa a formação de uma frente parlamentar em Brasília”, informa o executivo. NÚMERO DE LOJAS NAS DUAS REGIÕES As regiões Norte e Nordeste somam juntas 18.087 pontos de vendas especializados na venda de móveis, compreendendo micros, pequenas, médias e grandes redes varejistas, segundo dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, com base no ano de 2022 e divulgados recentemente. Destes, 14.987 estão em 1.539 cidades da região Nordeste, e os restantes 3.100 em 332 localidades da região Norte. Em número de lojas, a representatividade na região Nordeste aparece com impressionantes 82% do total e se espalha por 85% dos 1.794 municípios, enquanto na região Norte, as 3.100 lojas compreendem uma cobertura de 74% do território. Somente em 373 localidades das duas regiões não há registro de lojas, representando 16% do universo de 2.244 cidades das duas regiões. Chama a atenção o fato de que em quase 45% das cidades das duas regiões tenha no mínimo um e no máximo três pontos de venda, e que outros 17% (319 cidades) possuam entre 4 e 5 estabelecimentos dedicados a venda de móveis. A Bahia é o estado com maior número de lojas, 4.640 pontos, seguido de Pernambuco, com 2.381 e Ceará com 1.981. Os estados do Norte ocupam as últimas seis posições do ranking formado por 16 unidades federativas, exceção do Pará que está na quinta posição, com 1.258 estabelecimentos. No ranking das 20 cidades com

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