MV Norte & Nordeste

54 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE BENEFÍCIOS INDIRETOS PARA OS MÓVEIS POLÍTICAS INDUSTRIAIS EM QUASE 100 ANOS Primeira Fase: 1930-1956 A crise de 1929 e a necessidade de diversificar a economia dependente do café, motivou o governo Vargas (a partir de 1930) a implementar medidas como controle cambial, tarifas protecionistas e incentivos à produção nacional de bens de consumo não duráveis e logo depois o foco na produção de bens duráveis com ingresso de capital estrangeiro. Segunda Fase: 1956-1964 O governo JK criou o Plano de Metas, que visava o desenvolvimento em setores como energia, transportes, indústria de base, educação e alimentação. Houve grande influxo de investimento estrangeiro e a instalação de indústrias automobilística, naval e de bens de capital. A revolução de 1964 marcou uma mudança no modelo de desenvolvimento, embora a industrialização ainda fosse relevante. Terceira fase: 1964-1979 O regime militar, com políticas de incentivo à indústria nacional, subsídios, crédito facilitado e grandes projetos estatais obteve um crescimento econômico expressivo, impulsionado pela expansão da indústria de bens de capital e de bens intermediários. A crise do petróleo de 1973 e o aumento da dívida exEmbora fabricantes de móveis não tenham sido o foco principal das grandes Políticas Industriais, podem se beneficiar de algumas das ferramentas e políticas existentes de forma mais horizontal ou indireta: • Crédito Direcionado (BNDES): O banco oferece diversas linhas de crédito incluindo capital de giro, financiamento de máquinas e equipamentos (BNDES Finame) e projetos de modernização. PMEs podem acessar essas linhas, desde que atendam aos requisitos específicos de cada programa. • Incentivos Fiscais (Setoriais ou Regionais): Embora não haja grandes programas de incentivos fiscais federais direcionados especificamente para esses setores, existem incentivos fiscais estaduais ou municipais em alguns estados, para crescimento e expansão, assim como, para o desenvolvimento industrial em determinadas regiões onde esses setores são relevantes. • Tarifas de Importação: Embora não sejam uma política direcionada para o setor, a existência de tarifas sobre a importação de móveis e colchões pode oferecer alguma proteção à indústria nacional contra a concorrência estrangeira, influenciando indiretamente a competitividade do setor no mercado interno. Tarifas de importação para alguns tipos de mobiliário podem variar. • Apoio à Exportação: A ApexBrasil oferece programas de apoio à exportação para diversos setores, incluindo o setor de móveis, através do projeto Brazilian Furniture, em parceria com a Abimóvel. Os interessados em expandir suas vendas para o mercado internacional podem se beneficiar desse programa, que inclui inteligência de mercado, participação em feiras, projetos compradores e missões comerciais. Importante: Não há informações disponíveis sobre programas de subsídios federais diretos destinados especificamente aos fabricantes de móveis e colchões, tampouco de crédito direcionado com condições favoráveis. terna começaram a minar o modelo. O final da década de 1970 marca a desaceleração do crescimento. Quarta fase: 1980-1990 A chamada década perdida foi marcada pela crise da dívida externa, alta da inflação e instabilidade econômica. As políticas industriais foram fragmentadas e inconsistentes. A abertura comercial e a estabilização macroeconômica no início da década de 1990 (Plano Collor e, posteriormente, Plano Real) sinalizaram uma mudança de paradigma, com menor intervenção estatal direta na indústria. Quinta fase: 1990-2000 Abertura comercial, privatizações e foco na estabilidade macroeconômica. Houve redução das tarifas de importação e uma maior exposição da indústria nacional à concorrência estrangeira. Foi o início de debate sobre a necessidade de uma nova política industrial para enfrentar a desindustrialização e promover a competitividade. Sexta fase: 2000-2016 Iniciativas buscaram retomar papel mais ativo do Estado na promoção do desenvolvimento industrial, com foco em setores específicos, inovação e competitividade. A crise econômica de 2014-2016 e as mudanças políticas levaram a uma descontinuidade e revisão dessas políticas, com um retorno a uma postura mais liberal em alguns setores. Sétima fase: 2016-aos dias atuais Cenário de instabilidade política e econômica, com políticas industriais fragmentadas e com menor prioridade. Há um debate em curso sobre a necessidade de uma nova estratégia para a reindustrialização do país, especialmente diante dos desafios da transição ecológica e da indústria 4.0.

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