68 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE • Acesso a novos mercados: abrir portas em ambientes mais exigentes, no Brasil e no exterior, com foco em ESG e ODS. • Otimização de processos: estimular melhoria contínua, reduzir desperdícios e custos. • Conformidade regulatória: assegurar atendimento às normas e mitigar riscos jurídicos. • Sustentabilidade e responsabilidade social: alinhar práticas ambientais, sociais e de governança às demandas por cadeias mais éticas. O PAPEL DAS CONSULTORIAS ESPECIALIZADAS Débora destaca que as empresas interessadas em certificações podem recorrer a consultorias especializadas, que ajudam a mapear o que já está sendo feito, estruturar processos e implementar novas ações. Os principais motivos para contratar esse tipo de apoio são: 1. Falta de expertise interna: ausência de conhecimento técnico sobre sustentabilidade. 2. Visão imparcial: identificação de riscos e oportunidades não percebidos internamente. 3. Acesso a melhores práticas: aplicação de soluções já testadas no mercado. 4. Credibilidade: maior legitimidade diante de investidores, clientes e consumidores. 5. Gestão de tempo e recursos: foco da equipe em atividades principais. 6. Suporte contínuo: acompanhamento mesmo após a implementação da estratégia. “Em alguns setores, há a obrigação de reportar desempenho em critérios ESG. A consultoria garante conformidade e posiciona a empresa para enfrentar novos desafios”, lembra Débora. Além disso, certificações fortalecem a reputação e atraem parceiros alinhados às práticas sustentáveis. Na Europa, por exemplo, esse já é um requisito para participar de cadeias globais. CASO PRÁTICO: MICROPET APOSTA EM CERTIFICAÇÕES PARA CONQUISTAR NOVOS MERCADOS Reconhecida no setor colchoeiro por fornecer PET micronizado para espumas — um produto sustentável por utilizar garrafas PET recicladas — a Micropet decidiu ampliar suas credenciais. Desde 2024, ostenta o Selo ESG do Instituto Chico Mendes e a Certificação ODS do Instituto Impulso. Segundo Priscila Bolcchi, consultora ESG da empresa, a decisão teve foco no mercado externo: “Nossa empresa nasceu com viés sustentável e já possuía a ISO 9001. Mas percebemos que o mercado internacional exige certificações adicionais, principalmente na Europa. Era preciso atestar oficialmente nosso compromisso.” O diretor Carlos Lorenceto acrescenta que, durante o processo, a empresa identificou práticas já existentes que poderiam ser melhor organizadas dentro dos pilares ESG. O movimento levou à criação de um comitê ESG, ao primeiro relatório de sustentabilidade e à adoção de indicadores para monitorar água, resíduos, governança e conduta institucional. Priscila reforça que os ganhos vão além da imagem no mercado: “Com tudo estruturado, os colaboradores passaram a compreender melhor o propósito das ações e a se engajar mais. ESG é uma jornada, feita passo a passo, mas que exige formalização e transparência para mostrar maturidade na gestão.” Débora Irie, especialista em ESG e consultora do Instituto Impulso Priscila Bolcchi, consultora ESG Carlos Lorenceto, diretor da Micropet
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