30 MÓVEIS DE VALOR NORTE E NORDESTE DESPERDÍCIO É O PONTO CEGO DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS cujos resultados serão apresentados em 2026, antecipa a diretora executiva da entidade, Cândida Cervieri. Enquanto isso, projeções aproximadas feitas a partir de metodologias distintas e dados públicos acendem o alerta: o desperdício anual pode chegar a R$ 36 bilhões, o que representa 32,9% das receitas do setor. São estimativas, não certezas, mas suficientes para mostrar quanto dinheiro escorre, sem barulho, pelo chão das fábricas. ONDE O DESPERDÍCIO NASCE É justamente no chão de fábrica que se concentram as perdas mais recorrentes: movimentação excessiva, transporte desnecessário de materiais, estoque inchado, defeitos e retrabalhos — esse conjunto responde por mais da metade dos desperdícios Controlar perdas, otimizar processos e reaproveitar materiais vai muito além de reduzir custos: é provar, na prática, que responsabilidade ambiental e rentabilidade podem caminhar juntas — desde que se olhe, de fato, para o chão da fábrica O som do corte, do furo e da correria da produção se mistura a outro ruído bem mais caro dentro das fábricas de móveis: o do desperdício. À primeira vista, tudo parece funcionar — a linha avança, o caminhão sai, o cliente compra. Mas, silenciosamente, uma fortuna se perde em pequenas falhas: a gaveta que emperra, a porta que range, o puxador que não fixa, o móvel que volta porque está errado. Quando isso acontece, nada mais se encaixa: cada minuto gasto tentando contornar a insatisfação desse comprador é um custo que não retorna. O problema é conhecido, mas ainda pouco mensurado. Não há um levantamento oficial consolidado sobre o tamanho das perdas no setor. A boa notícia é que a Abimóvel coordena um estudo — ainda em fase inicial — Por Guilherme Arruda, jornalista convidado
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