35 Paulo Curro, diretor executivo da ABEMF “O programa pode aumentar fluxo nas lojas, ampliar o número de itens por compra, elevar o ticket médio, estimular a recompra e gerar promoção orgânica nas redes sociais”, explica. Segundo Curro, a eficácia depende de clareza: é preciso definir objetivos específicos, aumentar recorrência, elevar margem, incentivar combinações de produtos, fidelizar pós-venda e alinhar benefícios a esses objetivos. O executivo reforça também que a resistência de parte das empresas não está no conceito, mas no custo. Muitas companhias não avançam por receio de investimentos ou dúvidas sobre retorno. Nesse sentido, ferramentas de monitoramento e mensuração são decisivas. “Programas bem estruturados influenciam o comportamento do consumidor e mostram resultados concretos. Mas é fundamental contar com plataformas que permitam acompanhar indicadores em tempo real”, afirma. Curro destaca ainda que existem diferentes caminhos para iniciar a jornada em fidelização: desenvolver soluções próprias, contratar empresas especializadas ou aderir a programas de coalizão, que reúnem diversas marcas em um único ecossistema de benefícios. Cada modelo atende a necessidades distintas e pode ser ajustado ao porte e às metas de cada negócio. Embora a ABEMF não tenha um case formal do setor moveleiro, o executivo afirma que praticamente todos os segmentos podem se beneficiar. Nos últimos anos, a fidelização expandiu para áreas antes consideradas improváveis, entre elas construção civil, mídia, saúde e educação. Esse movimento mostra que o modelo é altamente adaptável, mesmo em mercados com ciclos de compra mais longos. No varejo moveleiro, onde o relacionamento É urgente enxergar valor na fidelização para ampliar seu relacionamento com os clientes com o cliente pode durar anos — seja na compra de complementos, reposições, acessórios, renovações ou expansão de ambientes — a fidelização cria oportunidades para elevar recorrência e fortalecer vínculo com a marca. Ao mesmo tempo, consumidores buscam cada vez mais conveniência, personalização e vantagem real. A fidelização atende exatamente a essas demandas: recompensa comportamento, estimula engajamento, facilita jornadas e cria uma percepção de valor contínua. Para o setor moveleiro, que vive forte competição com players digitais, marcas regionais e redes especializadas, programas bem desenhados podem representar uma ponte direta entre experiência, reputação e venda. O avanço do setor de fidelização e o interesse crescente dos consumidores formam um cenário claro: quem fideliza vende mais e constrói relações duradouras; quem não fideliza, perde espaço. Em um mercado cada vez mais competitivo, a fidelização deixa de ser diferencial e passa a ser um requisito estratégico para qualquer empresa que queira crescer de forma sustentável.
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