MV 200

14 Orçamento Base Zero. O que é? • Metodologia de alto impacto para reduções significativas de gastos. • Construído do zero, como uma folha em branco. • Aumenta a eficiência dos recursos finan- ceiros aplicados. • Todos os recursos em cada atividade são discutidos, analisados e repensados. • Todas as despesas operacionais precisam ser justificadas. Vantagens • Faz com que cada departamento calcule seus custos operacionais. • Permite imagem clara dos custos em rela- ção ao desempenho desejado. • Não olha para os números históricos e sim para os números reais. • Remove atividades improdutivas ou redundantes. • Supera a fragilidade do orçamento incre- mental da inflação orçamentária. • Envolve os funcionários na tomada de decisões. Desvantagens • Consome muito tempo para fazer todos os anos em relação ao modelo tradicional. • Necessidade de envolvimento de muitos funcionários e muitos departamentos. • Explicar cada item de linha e cada custo requer treinamento dos gerentes. Tempo para implantação • Demora entre 3 e 4 meses de planejamento. • Empresas com calendário de janeiro-de- zembro iniciam entre agosto e setembro. • A finalização acontece entre novembro e dezembro. • O processo é mais detalhado que o orça- mento tradicional e mais participativo. Custo para implantação • Se for realizado internamente o ideal é que os gestores sejam capacitados por meio de treinamentos com profissional ou institui- ção com expertise no assunto. • Se a implementação for conduzida com auxílio de uma consultoria especializada, os custos podem ser maiores, mas os resul- tados podem vir mais rápidos. • O custo com consultoria depende do cro- nograma do projeto e o tamanho da equi- pe. Quanto mais departamentos a empresa tiver, maior o número de consultores. Gestão riscos e impactos mapeados, especifica Roloff, que divide essa fase em dois momentos. Na primeira etapa busca-se a otimização, ou seja, “fazer o mesmo com menos” sem eliminar atividades ou processos, apenas trabalhando com alternativas de automação, simplificação e melhoria de produtividade. Na segunda é avaliado se a existência de determinados recursos e pro- cessos devem ser continuados. “Nesse momento os riscos de comprometimentos de recursos ou investimento relevantes é dirimido pois no OBZ é criado um ranking de relevância dos gastos. Serão descontinuados somente os que forem percebidos como de baixa contribuição para a empresa”, justifica. Apesar do OBZ ter surgido na década de 60, sua relevância e benefícios são bastante atuais, ainda mais em cenários de crise e necessidade de austeridade como o que vivemos atualmente. Ele está intimamente conectado ao Planejamento Estratégico, portanto, a visão de futuro. Todas as diretrizes definidas na estratégia funcionam como os balizadores para priorização dos re- cursos, dessa forma o horizonte de médio prazo e longo prazo também são contemplados. “Ter lucro maior, evitar desperdícios e motivar pes- soas nunca serão modismos”, instiga Natalino Franciscato, da Gouvêia Consulting. O fato é que o OBZ vem sendo disseminada de forma exponencial. Estudo realizado pela consul- toria Accenture Strategy descobriu que de 2013 a 2017 esse método cresceu entre as 85 maiores empresas do mundo a uma taxa de 57% ao ano. Gol Linhas Aéreas, Grupo Splice, Noroestecom, Grupo Comporte, Ambev, Pão de Açúcar, Itaú, BR Foods, Kraf Heinz, Unilever, Tesco PLC, Qualicorp são algumas corporações que utilizam (ou já utilizaram) essa ferramenta.

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