Móveis de Valor - Edição 211

10 moveisdevalor.com.br CAPA Por Gabrielly Zem, jornalista Berço de ouro é coisa do passado A ntigamente o quarto do bebê era visto como um símbolo de status para as famílias. Não à toa surgiu a expressão “berço de ouro” para se referir a crianças de famílias com alto poder aquisito. No entanto, o setor de mobiliário in- fantil tem mostrado que os quartos grandes com móveis luxuosos para bebês ficaram no passado. Mas, então, o que aconteceu com esse mercado? O IPCA (índice de preços ao consumidor am- plo) de móveis infantis tem se movido de forma inversamente proporcional ao índice geral da inflação. O número que estava em -3,99 em 2016, foi para -1,68 em 2017, depois -0,34 em 2018 e em 2019 finalmente chegou a um saldo positivo, com 2,76. Significa queda de 3,24% em quatro anos, enquanto o IPCA aumentou no período 23,02%. Com a chegada de 2020 o IPCA de móveis infantis teve uma queda brusca chegando a -5,92 enquanto o aumento do índice geral da inflação subiu 4,52. Quando contabili- zamos os últimos cinco anos a defasagem é de aproximadamente 14%. O que também recuou significativamente foi o dinheiro gasto pelas famílias para a compra de móveis infantis. Em 2005, segundo o estu- do Mapa do Mercado, do Intelligence Group, os gastos chegavam a 5,1% das despesas com mobiliário, mas em 2021 o percentual caiu para

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