MV Norte & Nordeste 26
46 Polo do Amazonas sofre com desabastecimento Diante da ausência de uma associação ou organização administrativa, trabalhadores do segmento sofreram queda de 60% nas vendas desde o início da pandemia Com a pandemia, diversos segmentos econômicos foram afetados no Ama- zonas. Um dos mais prejudicados foi o polo moveleiro do estado, principal- mente pelo desabastecimento e ausên- cia de uma organização administrati- va que represente os trabalhadores do ramo - fabricantes e vendedores de mó- veis. Desde 2020, marceneiros e donos de lojas na capital e no interior tiveram queda de 60% nas vendas. Desde a chegada da segunda onda da Covid-19, marcenarias em Manaus en- frentam dificuldades com o desabaste- cimento de matéria-prima. Por depen- der da madeira importada do interior, com a falta de acessibilidade portuária e rodoviária nos últimos meses, os tra- balhadores do segmento tiveram que paralisar suas fabricações. Enquanto isso, no interior do Amazonas, os que produzem e abastecem as lojas na capital também foram prejudicados. Com a paralisação do comércio, as vendas de móveis caíram 60%. Com a queda, alguns empresários foram obri- gados a dispensar funcionários. Desde a reabertura dos estabelecimentos comer- ciais, alguns empreendedores voltaram a fabricar e fornecer móveis, contudo, sofrendo com adversidades. POTENCIAL ECONÔMICO De acordo com o economista Origenes Martins, o polo moveleiro se manteve forte por um bom tempo no Amazonas, porém, deixou de ser um grande setor pela ausência de administração. Ou seja, pela necessidade de uma entidade legal para dar suporte e representar os tra- balhadores do ramo. “O trabalho ficou muito na esfera individual, mostrando a falta de capacidade de se adequar às necessidades da economia moderna”, analisa o profissional. Apesar de não ser uma área desenvolvi- da, Martins destaca que o segmento tem CRÉDITO: JOSÉ ZAMITH OLIVEIRA FILHO
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