MV Norte & Nordeste 26

47 potencial, principalmente pela qualida- de e diversidade de materiais, aliados a capacidade artística do setor moveleiro. Além de ser uma atividade produti- va independente do Polo Industrial de Manaus (PIM), o que significa ter uma disposição para se desenvolver bem no interior e trazer outra opção para a mo- vimentação da economia. Nesse contexto, o economista Wallace Meirelles enfatiza que oAmazonas é sem- pre muito dependente do PIM. Segundo ele, dos 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, 50% estão relacionados ao setor de serviços, 28% correspondem à indústria, e apenas 6% à economia pri- mária - como agricultura, pecuária e ex- trativismo. Em sua visão, caso houvesse maior incentivo, a produção de móveis no interior poderia aumentar o resultado de 6% e gerar mais uma opção de desen- volvimento para a economia. INCENTIVO PARA O SETOR Para o economista Sóstenes Farias, o setor só não se desenvolveu pelo des- caso político e econômico. De acordo com ele, no passado, grandes fábricas de móveis eram referências na capital. Hoje, só existem algumas menores e em menor quantidade. Farias acredi- ta que o segmento possui capacidade para gerar emprego e renda no estado. “Essa é uma atividade altamente rentá- vel e geradora de emprego e renda para a nossa região. O que falta, atualmente, são incentivos para trabalharmos a nos- sa matéria-prima, agregando valor aos artigos e produtos aqui fabricados. Não sei se por uma questão de comodidade, mas a maioria das oficinas só trabalha commodulados, o que não agrega valor, nem oportuniza frente de trabalho para quem precisa”, pontua Farias. O economista ainda articula que pode- riam ser oferecidos incentivos para que os marceneiros pudessem contar com capital de giro, principalmente os que fazem parte do grupo de pequenos e médios empreendedores. Pensando em como auxiliar os traba- lhadores do ramo, o economista Mar- tins salienta que estão disponíveis os programas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô- mico e Social (BNDES), administrado pelo Banco da Amazônia (Basa), e da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). “No entanto, os dois exigem estrutura administrativa e funcional”, esclarece. (Com informações do Em Tempo) DESDE A CHEGADA DA SEGUNDA ONDA DA COVID-19, MARCENARIAS EM MANAUS ENFRENTAM DIFICULDADES COM O DESABASTECIMENTO DE MATÉRIA-PRIMA AS VENDAS DE MÓVEIS CAÍRAM 60% COM A PARALISAÇÃO DO COMÉRCIO EMPRESÁRIOS BUSCAM APOIO PARA O SETOR DE MÓVEIS NO ESTADO

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