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12 A pandemia não terminou e as perspec- tivas econômicas continuam imprevi- síveis. A única certeza é que o mundo não será mais o mesmo. Quem sabe não che- gou o momento de adotar modelos novos de gestão, como, por exem- plo, uma nova forma de planejar o orçamento fiscal e colocá-lo em prática no próximo exercício. Entre as opções está o Orçamento Base Zero, ou OBZ, ferramenta desen- volvida por Pete Pyhrr no final dos anos 1960, quando era gerente de contas da Texas Instruments, e que chegou ao Brasil somente duas décadas depois. Em linhas gerais, o OBZ diverge do modelo tra- dicional na medida em que cada novo período é criado de uma base zero e no qual toda despesa precisa ser justificada antes de adicioná-la ao novo orçamento, mesmo despesas antigas e recorrentes. Uso da ferramenta Orçamento Base Zero é uma revolução na maneira de montar ummodelo capaz de reduzir custos em empresas de qualquer tamanho COMO REORGANIZAR A EMPRESA DO ZERO No orçamento tradicional analisa-se apenas os “novos gastos”. Há pontos positivos e negativos. Pelo lado das vantagens estão orça- mentos flexíveis, operações foca- das, custos mais baixos e execução mais disciplinada. Pelo lado das desvantagens há possibilidades de intensividade de recursos, mani- pulação por gerentes experientes e tendência para o planejamento de curto prazo, sem contar que conso- me muitos recursos, além de muito mais tempo e esforço para revisar de perto e justificar cada elemento do orçamento. Alguns críticos dizem que os benefícios não justificam o custo de tempo. Mas eles podem estar sendo precipitados. O OBZ age como oportunidade de “arrumar a casa” e focar no que realmente importa: reduzir custos, define Henrique Roloff, sócio fundador da BPI Consultoria, especializada em metodologias Gestão Por Guilherme Arruda , jornalista convidado Henrique Roloff, sócio fundador da BPI Consultoria

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